domingo, 9 de maio de 2010

Ontem à Noite! (13-10-09)

Entrei.. Entrei no meu quarto cambaleando o meu corpo como o de uma embriagada.

Não acendi a luz, de olhos fechados penetrei quarto a dentro.
Esqueci tudo o que me rodeava.
Esqueci os pais e primos, os avós e tios, o computador a roupa e mesmo tu!

Centrei-me na cama que me chamava estranhamente. Num tombo o meu corpo mole e inerte, deixando-se levar, cai por aquela voz tentadora do aconchego ao sono que apoderava o meu ser.
Mas não dormi, eu permaneci no tempo parado, bloqueei com este, fiquei assim e não acordei.

Imagens brancas passavam pelos olhos da mente, não me recordo ao certo o que me ocorria, mas senti... senti uma ponta de emoção, entusiasmo e uma enorme paixão.

Estática e parada com o tempo nada fiz... observei, senti...

Descobri então que não era o tempo que tinha parado, mas sim eu...!
Parei, o tempo passou... Permaneci num ponto que não é a partida nem a chegada, que não é o principio nem o fim.


Entrei no verdadeiro mundo do "eu".... Descobri-me!...

Digo tanto, mas não faço nada. E estou cansada de estar parada!

Tento... sim eu tento fazer algo, mas covarde como sou nada consigo fazer.
Mantenho o pessimismo por saber o quão covarde sou!

Apaixonei-me e nada faço para conseguir sobreviver aos obstáculos.


Parada estou,no tempo.

Este avança silenciosamente.
Sem dizer nada, vive...
Não petrifica.


O Tempo é um bom exemplo para uma criatura como eu.

Mas como sempre, nada faço.. apenas fico estagnada no tempo,a escrever lamurias e depressões.


* ACG *

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