sexta-feira, 7 de maio de 2010

De um trabalho de casa de português


De um trabalho de casa de português:
"Tabacaria" de Fernando Pessoa;
Estância entre as linhas 124-129.

Tenho de admitir que sempre que escrevo, sinto música a percorrer-me o corpo, sinto que cada letra, cada palavra, fosse uma nota. Preenche-me, no entanto sinto-me inútil, pois só escrevo e nada faço. Transmito essa inutilidade ao poema que escrevo, que dito, que canto com a tinta da caneta ou com o carvão do lápis.

Espero muitas vezes encontrar um caminho e tornar os meu versos inúteis em úteis, tornar a minha vida um pouco mais viva!
Com todos os problemas que a minha mãe tem enfrentado e que todos nós (família) temos apoiado para haver uma melhora, nada se vê, nenhum progresso vejo!

O receio consome-me. Passo a vida agora à procura do antigo carinho maternal que, neste momento, está ausente (foi-se num fumo, enquanto a memória lhe foi consumida).

A minha vida não tem sido a mesma. Tento envolver a minha existência com teorias e razões!Sinto a minha base trémula! Ando aos encontrões e sem ponto de equilíbrio.
Sinto que fui roubada.
Uma música ténue e triste vive na minha corrente sanguínea, nos meus estímulos sinápticos.


* ACG *

Comentário da professora de português:

Não há nada que te diga que te faça sentir melhor.A vida não é justa e, por vezes, sujeita-nos a provas extremamente dolorosas.

Continua a escrever e não penses que o que escreves é inútil!As contrariedades que nos surgem pela frente servem para testar o "material" de que somos feitos.(...) Um grande beijinho da tua professora
Isabel Coelho


PS.- continua a escrever-me, que estarei sempre disponível a "ouvir" o que tens para dizer.

Agradeço vivamente este apoio que a professora Isabel Coelho me tem dado!

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